Hoje começamos um pouco mais tarde que o habitual, mas o final foi feliz com um bom "bass" para salvar o dia.
Comecei com o meu filho mais velho a fazer uns lançamentos na cidade do Marco de Canaveses, o rio Tâmega estava bem mais baixo que o habitual, lá não conseguimos nenhum registo, mas deu no entanto para o Carlos (o meu filho mais velho), praticar uns lançamentos com carreto de casting.
Chegando ao final de uma manhã sem capturas decidimos mudar de spot e percorrer a pista pedonal do Formão onde eventualmente efectuámos a captura de um bom exemplar de 3,334kg. De certeza que alguém já conseguiu um exemplar mais graúdo mas, este foi o nosso melhor até agora, de um percurso que começou a 2 anos, onde todo o nosso tempo que podemos dedicar a pesca o fazemos com muita satisfação.
Mesmo naqueles dias onde não existe capturas encontramos sempre, mas sempre uma lição, eu costumo dizer ao meu filho "os peixes tem uma memória curta, mas não são estúpidos", é de salientar que uma pesca onde não esperamos que os peixes venham até nós é crucial aprender técnicas diferentes, pormenores, horários e sobre tudo o padrão.
A emoção de conseguir atingir as nossas metas é alta demais para descrever, nunca pensamos ao início que iríamos conseguir imitar um padrão de presa para conseguir fisgar um predador, lembrando dos fracassos iniciais estamos orgulhosos do nosso percurso, este é o nosso terceiro ano de pesca regular e já conseguimos várias espécies desde os mais pequenos aos maiores, mas os achigãs...
O achigã é uma espécie que de início sinceramente não gostava pelo motivo de se alimentar de outros pequenos peixes, opinião que mudou, por uma simples razão, os responsáveis pela deterioração dos rios é exclusivamente nossa, não são os achigas que vão dar cabo do peixe, é a má gestão de barragens, poluição e faltas de cuidados. Hoje está espécie cativa-me demasiado pela teimosia deles e comportamento que eu acho por vezes incerto, eles tanto querem uma amostra rápida como uma mais lenta, ir ao fundo ou superfície, e de margem surge um problema, se o peixe seguir a amostra ao ponto de dar pela nossa presença é para esquecer! O achigã torna-se desconfiado e implacável. Ruidos altos pelas experiências que passei também podem ser um problema.
Um bem haja para todos os pescadores, e sempre que possível uns bons lances!
